quinta-feira, 5 de março de 2009

Aristóles


Aristóteles (em grego Αριστοτέλης) nasceu em Estagira, na Calcídica (384 a.C. - 322 a.C.). Filósofo grego, aluno de Platão e professor de Alexandre, o Grande, é considerado um dos maiores pensadores de todos os tempos e criador do pensamento lógico.
Aristóteles figura entre os mais influentes filósofos gregos, ao lado de Sócrates e Platão, que transformaram a filosofia pré-socrática, construindo um dos principais fundamentos da filosofia ocidental. Aristóteles prestou contribuições fundantes em diversas áreas do conhecimento humano, destacando-se: ética,política, física, metafísica, lógica, psicologia, poesia, retórica,zoologia, biologia, história natural. É considerado por muitos o filósofo que mais influenciou o pensamento ocidental.
Por ter estudado uma variada gama de assuntos, e por ter sido também um discípulo que em muito sentidos ultrapassou o mestre, Platão. É conhecido também como O Filósofo. Aristóteles também foi chamado de o estagirita, pela terra natal, Estagira

Platão


Platão de Atenas (Atenas,428/27– Atenas, 347 a.C.) foi um filósofogrego.
Discípulo de Sócrates, fundador da Academia e mestre de Aristóteles. Acredita-se que seu nome verdadeiro tenha sido Arístocles; Platão era um apelido que, provavelmente, fazia referência à sua característica física, tal como o porte atlético ou os ombros largos, ou ainda a sua ampla capacidade intelectual de tratar de diferentes temas. Πλάτος (plátos) em grego significa amplitude, dimensão, largura. Sua filosofia é de grande importância e influência. Platão ocupou-se com vários temas, entre eles ética, política, metafísica e teoria do conhecimento.

Sócrates


Sócrates (em grego, Σωκράτης [Sōkrátēs], (470–399a.C.) foi um filósofo ateniense, um dos mais importantes ícones da tradição filosófica ocidental, e um dos fundadores da atual Filosofia Ocidental. As fontes mais importantes de informações sobre Sócrates são Platão, Xenofonte e Aristóteles (Alguns historiadores afirmam só se poder falar de Sócrates como um personagem de Platão, por ele nunca ter deixado nada escrito de sua própria autoria.). Os diálogos de Platão retratam Sócrates como mestre que se recusa a ter discípulos, e um homem piedoso que foi executado por impiedade. Sócrates não valorizava os prazeres dos sentidos, todavia se escalava o belo entre as maiores virtudes, junto ao bom e ao justo. Dedicava-se ao parto das idéias (Fedro) dos cidadãos de Atenas, mas era indiferente em relação a seus próprios filhos.
O julgamento e a execução de Sócrates são eventos centrais da obra de Platão (Apologia
e Críton). Sócrates admitiu que poderia ter evitado sua condenação (beber o veneno chamado cicuta) se tivesse desistido da vida justa. Mesmo depois de sua condenação, ele poderia ter evitado sua morte se tivesse escapado com a ajuda de amigos. A razão para sua cooperação com a justiça da Pólis e com seus próprios valores mostra uma valiosa faceta de sua filosofia, em especial aquela que é descrita nos diálogos com Críton.

O que é filosofia ?


A filosofia surgiu nos séculos VII-VIa.C. nas cidades gregas situadas na Ásia Menor.Começa por ser uma interpretação des-sacralizada(tirar o caráter religioso/sagrado)dos mitos cosmogônicos(cosmogonia=teoria que tem por objetivo explicar a formação do mundo)difundidos pelas religiões do tempo. Não apenas de mitos gregos, mas dos mitos de todas as religiões que influenciavam a Ásia menor. Os mitos foram segundo Platão e Aristóteles, a matéria inicial de reflexão dos filósofos. Eles tornaram-se num campo comum da religião e da filosofia,revelando que a pretensa separação entre esses dois modos do homem interpretar a realidade não é tão nítida como aparentemente se julga.
Modernamente é a disciplina, ou a área de estudos, que envolve a investigação
, a argumentação, a análise, discussão, formação e reflexão das idéias sobre o mundo, o Homem e o ser. Originou-se da inquietude gerada pela curiosidade em compreender e questionar os valores e as interpretações aceitas sobre a realidade dadas pelo senso comum e pela tradição.
As interpretações comumente aceitas pelo homem constituem inicialmente o embasamento de todo o conhecimento. Essas interpretações foram adquiridas, enriquecidas e repassadas de geração em geração. Ocorreram inicialmente através da observação dos fenômenos naturais e sofreram influência das relações humanas estabelecidas até a formação da sociedade, isto em conformidade com os padrões de comportamentos éticos ou morais tidos como aceitáveis em determinada época por um determinado grupo ou determinada relação humana. A partir da Filosofia surge a ciência
, pois o Homem reorganiza as inquietações que assolam o campo das idéias e utiliza-se de experimentos para interagir com a sua própria realidade. Assim a partir da inquietação, o homem através de instrumentos e procedimentos equaciona o campo das hipóteses e exercita a razão. São organizados os padrões de pensamentos que formulam as diversas teorias agregadas ao conhecimento humano. Contudo o conhecimento científico por sua própria natureza torna-se suscetível às descobertas de novas ferramentas ou instrumentos que aprimoraram o campo da sua observação e manipulação, o que em última análise, implica tanto na ampliação, quanto no questionamento de tais conhecimentos. Neste contexto a filosofia surge como "a mãe de todas as ciências". Podemos resumir que a filosofia consiste no estudo das características mais gerais e abstratas do mundo e das categorias com que pensamos: Mente (pensar), matéria (o que sensibiliza noções como quente ou frio sobre o realismo), razão (lógica), demonstração e verdade. Pensamento vem da palavra Epistemologia "Episteme" significa "ter Ciência" "logia" significa Estudo. Didaticamente, a Filosofia divide-se em:
Epistemologia ou teoria do conhecimento: trata da natureza crença, da justificação e do conhecimento.
Ética: trata do certo e do errado, do bem e do mal.
Filosofia da Arte ou Estética: trata do belo.
Lógica: trata da preservação da verdade e dos modos de se evitar a inferência e raciocínio inválidos.
Metafísica ou ontologia: trata da realidade, do ser e do nada.
Definições dos Filósofos sobre a Filosofia
Em Eutidemo
" de Platão, é o uso do saber em proveito do homem, o que implica em, 1º, posse de um conhecimento que seja o mais amplo e mais válido possível, e , 2º , o uso desse conhecimento em benefício do homem.
Para René Descartes
, significa o estudo da sabedoria.
Para Thomas Hobbes
, é o conhecimento causal e a utilização desse em benefício do homem.
Para Immanuel Kant
, é ciência da relação do conhecimento finalidade essencial da razão humana, que é a felicidade universal; portanto, a Filosofia relaciona tudo com a sabedoria, mas através da ciência.
Para John Dewey
, é a crítica dos valores, das crenças, das instituições, dos costumes, das políticas, no que se refere seu alcance sobre os bens ("Experience and Nature", p. 407).
Para Johann Gottlib Fichte
, é a ciência da ciência em geral.
Para Auguste Comte
, é a ciência universal que deve unificar num sistema coerente os conhecimentos universais fornecidos pelas ciências particulares.
Para Bertrand Russell
, a definição de "filosofia" variará segundo a filosofia que adotada. A filosofia origina-se de uma tentativa obstinada de atingir o conhecimento real. Aquilo que passa por conhecimento, na vida comum, padece de três defeitos: é convencido, incerto e, em si mesmo, contraditório. ("Dúvidas Filosóficas", p. 1)
Concepções de Filosofia
Há três formas de se conceber a Filosofia:
1º) Metafísica: a Filosofia é o único saber possível, as demais ciências são parte dela. Dominou na Antiguidade e Idade Média. Sua característica principal é a negação de que qualquer investigação autônoma fora da Filosofia com validade, produzindo estas um saber imperfeito, provisório. Um conhecimento é filosofico ou não é conhecimento. Desse modo, o único saber verdadeiro é o filosófico, cabendo às demais ciências o trabalho braçal de garimpar o material sobre o qual a Filosofia trabalhará, constituindo não um saber, mas um conjunto de expedientes práticos. Hegel afirmou: “uma coisa são o processo de origem e os trabalhos preparatórios de uma ciência e outra coisa é a própria ciência.”
2º) Positivista: o conhecimento cabe às ciências, à Filosofia cabe coordenar e unificar seus resultados. Bacon atribui à Filosofia o papel de ciência universal e mãe das outras ciências. Todo o iluminismo participou do conceito de Filosofia como conhecimento científico.
3º) Crítica: a Filosofia é juízo sobre a ciência e não conhecimento de objetos, sua tarefa é verificar a validade do saber, determinando seus limites, condições e possibilidades efetivas. Segundo essa concepção, a Filosofia não aumenta a quantidade do saber, portanto, não pode ser chamada propriamente de “conhecimento”.